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20.4.19

5 tradições curiosas da Páscoa pelo país e pelo mundo

tradições curiosas de Páscoa pelo país e pelo mundo

Como já confessei várias vezes aqui no blog, não ligo muito à Páscoa. Para mim, o Natal tem muito mais encanto. A Páscoa não passa, portanto, de mais uma desculpa para passar tempo em família e comer chocolates até estar ali quase a roçar na hiperglicemia (por falar nisso, ainda vamos a meio das festividades e eu já perdi a conta ao número de bombons, Ferrero Rochers e amêndoas que já comi, temo não sobreviver até segunda). Com o passar dos anos, para tornar a minha Páscoa menos monótona, tenho ganho cada vez mais interesse nos costumes de outras regiões, e existem algumas bastante curiosas.

Para fazerem uma pausa no enfardanço ou para, pelo menos, não ser a única coisa que estão a fazer (só para dizerem que estão a fazer alguma coisa de produtiva, your welcome), embarquem nesta viagem de tradições de Páscoa comigo.


1. Procissão do Senhor "Ecce Homo": Como boa bracarense que sou, não podíamos começar a lista sem referir aquela que é, na minha opinião, a melhor procissão da Semana Santa em Braga. Organizada desde tempos antigos pela Irmandade da Misericórdia, a Procissão do Senhor "Ecce Homo" evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada. O grande destaque da procissão (e o grande motivo pelo qual é a minha favorita) são os farricocos com as suas grosseiras vestes de penitência, descalços, encapuçados, de cordas à cinta, uns empunhando matracas e outros alçando fogaréus (taças com pinhas a arder), sendo estes últimos a razão pela qual também chamam a esta procissão "Procissão dos Fogaréus".



2. Queima do Judas: Ainda em Portugal (antes de avançarmos para  outras regiões do mundo), temos a "Queima do Judas" em Montalegre, em que a tradição religiosa é aliada a momentos de sátira e humor. A "Queima de Judas" consiste na queima de um boneco de palha para expressar a luta contra o mal. O fogo é utilizado como símbolo da luta do homem contra as trevas.


3. Páscoa ou Halloween?:  Quem cair na Finlândia de pára-quedas não sabe se está a festejar a Páscoa ou um Dia de Bruxas muito atrasado. Neste país,  assemelha-se muito ao dia 31 de outubro. As crianças saem à rua vestidas de bruxas na véspera da Páscoa, com ramos de flores para celebrar também a chegada da primavera. Visitam os vizinhos e deixam cartões decorados, pedindo doces ou dinheiro (em vez do típico "doçura ou travessura"). 



4. Bilbies everywhere: Em todo o mundo, um dos símbolos mais famosos da Páscoa são os coelhos. Na Austrália, o animal é outro. O povo australiano substituiu o tão conhecido coelho por um animal típico do país, o bilby, e não, não ée para se armarem em diferentes, há uma razão educativa por trás. Esta espécie encontra-se em vias de extinção e, desta forma, para sensibilizar as crianças para a defesa dos animais, os supermercados e lojas enchem-se de bilbies de chocolate por esta altura do ano.



5. Ovos vermelhos: Outro dos símbolos famosos da Páscoa são os ovos multicoloridos. Contudo, na Grécia encontrarão apenas ovos vermelhos. Lá, a tradição manda que, na quinta feira santa, os ovos sejam cozidos e pintados com esta cor. Estes ovos têm um monte de simbolismos. O vermelho representa a cor da vida, mas também representa o sangue de Cristo derramado por nós. Quando os ovos são rachados e os seus interiores revelados, isto simboliza a Sua Ressurreição. Esta tradição também também tem um lado mais divertido, que envolve uma brincadeira na qual a pessoa pega num ovo, bate na extremidade dos ovos uns dos outros, e aquele cujo o ovo não rachar ganha. 
  


Quais são as tradições que acharam mais curiosas? Conhecem mais algumas que acrescentariam à lista? 

17.5.18

Porque decidi não colocar emblemas na minha capa

Porque decidi não colocar emblemas na minha capa

Ir para a universidade sempre foi um grande sonho para mim. Não só para seguir algo que me apaixona, mas por todas as tradições que se vivem nesta grande etapa da vida estudantil. Sempre achei que todas estas tradições académicas como a praxe, as serenatas, a latada, o Cortejo e as semanas académicas tinham muito encanto. Mas aquilo que sempre ansiei mais foi o momento em que poderia trajar. Acho que trajar pela primeira vez é o ponto alto da vida académica de um estudante: representa toda a caminhada que fizemos até este momento, todas as nossas conquistas, todos os nossos sonhos, os momentos que vivemos enquanto estudantes mas, acima de tudo, tem uma história que já começou a ser escrita muito antes de nós, uma história de muitos outros estudantes que também já passaram pela universidade. 

Por tudo o que representa o traje académico, imaginei muitas vezes na minha cabeça a altura em que poderia finalmente trajar. Imaginei mais vezes do que seria aconselhável, na verdade, uma vez que quando se criam muitas expetativas estas, frequentemente, saem furadas (mas não foi o que aconteceu neste caso). E durante estes anos sempre me interroguei se iria usar ou não emblemas na capa.

Durante algum tempo, estava convencida que iria usar emblemas na capa. Gostava da tradição que existia das pessoas que nos são mais próximas oferecerem -nos emblemas e da forma como estes poderiam contar a história da minha  vida académica. 

Contudo, ao longo dos anos, fui observando muitos universitários (o meu passatempo favorito quando era mais nova era observar os universitários, para me motivar para estudar mais) e comecei a sentir que usar emblemas era um bocado consumista. Não me interpretem mal, não estou a julgar quem escolheu usar emblemas, mas acho que existem muitas pessoas que os colocam na sua capa a torto e a direito. É o emblema da mãe, do pai, da irmã, dos amigos, do vizinho, do clube futebolístico, mais uns quantos com umas piadas, mais outros das bandas de música favoritas... Acabam por colocar numa quantidade exagerada e, a certa altura, não sei se estão a contar a sua própria história ou a dar dinheiro às lojas dos trajes.  Por outro lado, observava aqueles que tinham optado por deixar a sua capa negra. Aqui no Norte são poucos os que fazem isso, mas na zona de Coimbra e de Lisboa são muitos os que optam por deixar os emblemas numa caixa e trajar desta forma. A pouco e pouco, fui-me inclinando cada vez mais para me juntar a este grupo de estudantes.Por estas razões, não vou colocar emblemas na minha capa.  Além de cumprir todas as regras subjacentes ao bem trajar, decidi "ser "capa negra", como uma espécie de homenagem às origens do traje académico. 

Sempre que trajar, lembrar-me-ei sempre daquilo que o traje representa: um símbolo uniformizador, para minimizar as diferenças sociais e económicas de todos os estudantes. Numa altura em que muitos estudantes sentem dificuldades em pagar propinas e prosseguir os seus estudos, este é também o meu pedido silencioso para o Ensino Superior ser considerado um direito e não um luxo.

Na sexta feira passada trajei pela primeira vez nas Serenatas. Trajei ao lado de pessoas que me têm acompanhado diariamente e pelas quais nutro grande carinho. Trajada, de capa traçada, fui apenas mais uma universitária no meio de tantos outros de uma academia da qual orgulho-me muito em pertencer.  Não preciso de emblemas para contar a história da minha vida académica. Um dia, quando a minha capa estiver arrumada e eu voltar a olhar para ela, lembrar-me-ei de tudo o que vivi. 

3.1.17

5 tradições da minha infância das quais eu tenho saudades


Tenho orgulho de dizer que tive uma infância muito feliz, recheada de bons momentos e boas pessoas. São tantas as memórias que tenho, que eram preciso mais de 10 posts para eu vos contar tudo. No entanto, hoje fico-me apenas por este.

Todos nós temos tradições que mantemos até aos dias de hoje. Outras tradições acabam por perder-se no tempo. Estas foram as tradições que eu tive durante a minha infância, e das quais tenho saudades. Podem parecer coisas simples e banais, mas tiveram muito significado para mim.


1. Comer jesuítas depois da missa de Domingo: Quando era mais nova, ia todos os domingos de manhã à missa com o meu pai ( fizemos isto, muito provavelmente, até aos meus 11/12 anos). No fim da missa, o meu pai leva-me sempre a uma pastelaria para me comprar um jesuíta ( eu escolhia sempre um jesuíta, apesar da pastelaria ter mil e um bolos diferentes. Acho que já aí tinha a necessidade de manter certos hábitos...), e passeávamos um pouco pelo centro da cidade antes de voltar para casa. Embora não tenha particularmente saudades das missas em si (eram uma seca, sinceramente. Não sou uma católica praticante, do tipo ir todos os domingos à missa, sou da opinião que o que importa é a nossa fé e o tentarmos ser melhores a cada dia que passa), contudo, tenho saudades destes momentos partilhados com o meu pai.

2. Tardes de cinema na primária: Na primária, as aula de quinta feira, ao final do dia, era reservada para ver um filme, sem ser alusivo à matéria, totalmente à nossa escolha. Todos nós levávamos as nossas cassetes de casa ( e, mais tarde, DVDs), cada um mostrava à turma o que trouxe, e depois todos votávamos no filme que queríamos ver. O filme mais votado era o que era visto pela turma. Depois de escolhido o mesmo, íamos todos para a sala de vídeo da nossa escola, sentávamo-nos de forma descontraída nas cadeiras, e relaxávamos um pouco. Acho que este momento lúdico, em que não se está a ser avaliado, faz falta às crianças da primária atualmente que são, desde cedo, sujeitas a métodos de ensino e de avaliação rígidos.

3. Um mês de férias em Esposende: Na minha infância, todos os verões, no mês de Julho, a minha família alugava um apartamento/casa em Esposende, e íamos para lá todos, passar um mês de férias lá. De manhã, íamos para a piscina comum dos apartamentos onde estávamos ou, quando alugávamos uma casa, passeávamos por Esposende. De tarde, íamos sempre para a praia, e ficávamos lá até ao pôr do sol, com exceção da minha mãe e de uma tia minha, que saíam mais cedo para fazer o jantar. Foi uma tradição familiar que se foi perdendo, com o passar dos anos, à medida que os meus primos foram crescendo, e ocupando-se com a sua vida académica e, mais tarde, profissional, e os restantes elementos da família foram ficando mais ocupados com os meus avós, que ficaram doentes. Nos anos seguintes, íamos sempre eu, a minha prima e a minha tia, de vez em quando, de carro para lá, e voltávamos no mesmo dia.

4. Festa popular no final do verão: Aqui na terra da minha avó, todos os anos, no início de setembro, realiza-se uma festa popular, com tudo aquilo a que estas festas têm direito, farturas, carróseis, feiras, música popular e muita boa disposição. Estão a ver as festas que fazem para assinalar o final do verão, nas discotecas e nas praias? Este era a minha festa de final de verão, na minha infância. Para mim, era aquilo que marcava o fim das minhas " férias grandes". Ia às noites todas, com a minha mãe, os meus primos, e os meus avós. Andava nos carrósseis, comia uma fartura, comprava brinquedos nas barraquinhas, via o rancho e os concertos de música popular. Foi assim todos os anos até muito recentemente, quando o meu avô teve o segundo AVC. A partir daí, nunca mais ninguém quis ir, porque era uma festa onde o meu avó adorava ir, e sentimos que perdeu o seu significado, por ele já não poder ir connosco ( uma vez que está debilitado fisicamente para tal).

5. Tardes de sábado com pizza e filmes: Quando eu e os meus primos eramos mais novos, livres de responsabilidades e preocupações académicas e/ou profissionais, os nossos sábados não eram passados com a cabeça nos livros. Eram passados na casa da minha tia, em modo sessão de cinema, num tempo em que a SIC e a TVI passavam muitos filmes. A meio da tarde, aquecíamos uma pizza comprada no supermercado e que bem que sabia! Com o passar do tempo, foi um hábito que se foi perdendo, porque entretanto os meus primos entraram para a universidade e tinham muito que estudar, eu entrei para o secundário e agora para a faculdade, e agora eles trabalham. Portanto, já não nos podemos juntar assim tantas vezes como dantes mas, ainda assim, no verão, aproveitámos para fazer uma ou outra  tarde assim.


E vocês? Quais são as tradições da vossa infância das quais têm saudades?