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5.2.17

1º semestre do 2º ano de Enfermagem


Amanhã começará oficialmente o meu 2º semestre, com o início do meu segundo estágio hospitalar por isso, à semelhança do que fiz no ano anterior ( aqui e aqui), vou fazer agora uma reflexão sobre este semestre que passou.

O 1º semestre do 2º ano de Enfermagem foi um semestre duro, ao contrário do que o plano curricular deste ano ( com apenas uma cadeira, Enfermagem de Saúde do Adulto e do Idoso) fez prever. Foram muitas as frequências, as aulas práticas, muitas avaliações práticas, muita matéria, muito estudo... Só tínhamos que fazer uma cadeira, mas garanto-vos que esta valia por quatro ou por cinco!

Fazendo um pequeno aparte, aquilo que tornou este semestre ainda mais duro foram os inúmeros problemas que ocorreram no funcionamento do meu curso, e que acabaram por prejudicar os alunos. Começaram com as notas demoraram a sair mais tempo que o habitual ( se antes já demoravam um mês, agora demoraram dois ou três), com a falta de material ou material estragado nas aulas práticas, com a distribuição desorganizada dos grupos de aulas práticas,... Para culminar, no final deste semestre soubemos que 21 dos 30  professores que iam connosco para estágio iriam fazer greve, e ainda não sabemos que implicações isso terá na nossa nota final. Foram inúmeros problemas que estavam fora do nosso controlo , mas que acabaram por nos stressar mais e causar-nos ainda mais problemas.

Apesar de tudo, o semestre até me correu bem, fiz as frequências com notas boas e menos boas, fiz os exames práticos com sucesso, e consegui acabar com uma média razoável, embora estivesse à espera de mais.

Tal como já disse, este semestre só tive uma cadeira, Enfermagem de Saúde do Adulto e do Idoso, mas dividida em vários módulos, como já vão perceber a seguir.

( Nota: É provável que o meu plano curricular seja completamente diferente de algumas universidades, pelo que se andam em Enfermagem, poderão não ter dado as coisas pela mesma ordem que eu).


Enfermagem de Saúde do Adulto e do Idoso



Esta cadeira, tal como o próprio nome indica, fala de tudo que seja relacionado com a saúde dos adultos e idosos, e está dividida em 7 módulos, 2 meramente teóricos ( o 1 e o 2), e os outros com avaliações práticas a complementar.

O módulo 1 foi um aprofundamento da Sociologia e Psicologia que tive no ano passado, na cadeira de Fundamentos de Enfermagem I. Estudei os mais variados assuntos, todos muito interessantes, como a Morte e a forma como lidamos com ela, a forma como lidamos com a dor, a imagem corporal ( e problemas como a anorexia ou a obesidade), as pressões sociais... Foi, sem dúvida, um módulo do qual gostei bastante.

O módulo 2 foi Patologia ( como dizemos no nosso curso, a "irmã gémea" de Anatomia, pois foi quase tão difícil como esta, apesar de mais interessante), em que abordamos as mais variadas doenças do sistema circulatório, digestivo, dos ossos,... Adorei particularmente o facto de terem vindo médicos convidados darem-nos aulas, o que contribuiu ainda mais para a nossa aprendizagem ( embora nós não precisemos de saber tudo de maneira tão profunda como um médico).

O módulo 3 foi uma mistura de diversos assuntos. Falámos de Reumatologia, de problemas respiratórios ( e as respetivas técnicas para estes problemas), do processo neurológico e do processo respiratório. A partir deste módulo, começámos a ter aulas práticas, em que aprendemos a fazer ligaduras, mais posicionamentos que o ano passado, e aprendemos técnicas de nebulização e oxigenoterapia. 

O módulo 4 focou-se nas feridas, desde os tipos, os vários desbridamentos ( autolítico, enzimático,..), a alimentação nas feridas... Nas aulas práticas deste módulo aprendemos a limpar feridas e colocar pensos, com todas as técnicas asséticas que este procedimento exige.

O módulo 5 foi um módulo muito interessante, diria até o mais interessante, porque abordou tudo sobre a administração de medicamentos e vias de administração que é, normalmente, a matéria preferida dos alunos. Nas aulas práticas, foi ainda mais interessante, porque aprendemos a fazer colheitas de sangue, a dar injeções,... Agora é oficial, já sabemos dar "picas"!

O módulo 6 centrou-se na alimentação entérica e parentérica, e no processo urinário e intestinal. Nas aulas práticas aprendemos o processo de algaliação, e de entubação nasogástrica. 

Por último, o módulo 7 foi, à semelhança do módulo 3, uma mistura de vários assuntos. Aprendemos suporte básico e avançado de vida ( já tínhamos tido uma aula de suporte básico de vida no ano passado, antes do estágio, mas agora aprofundámos os nossos conhecimentos), falámos de intoxicação por organofosforados, falámos de vias aéreas artificais e de cuidados palatiavos. Neste módulo, tivemos ainda uma pequena abordagem sobre deontologia em Enfermagem, em que abordámos assuntos muito relevantes como a eutanásia e a morte medicamente assistida. Em termos práticos, fomos avaliados ao Suporte Básico de Vida ( e, devo dizer, que já conseguiria reanimar uma pessoa, por compressões, apesar de ser fraquinha em termos de insuflações, porque não expiro com força suficiente para a boca do doente).

No geral, foi uma cadeira muito interessante, que abrangeu diversos tópicos relevantes, que nos ensinou inúmeros procedimentos, e penso que isso contribuiu imenso para o meu crescimento profissional, e para a minha preparação para os estágios deste ano.


O 1º semestre foi um semestre duro, recheado de muito trabalho e estudo, mas no final acabei com um sentimento de dever cumprido, a pensar " este ano é que foi a sério!" ( pois aprendi muita mais prática que o ano passado), e agora estou pronta para esta nova etapa que se avizinha, estágios ( o 2º semestres serão sempre assim a partir de agora, só com estágios, por isso gostava de saber se querem ver um post assim nesses semestre ou não, o que acham?). 


Malta universitária? Como correu o vosso 1º semestre?

9.2.16

1º semestre do 1º ano de Enfermagem


Hoje começou o meu 2º semestre na faculdade. Por isso, achei que seria interessante fazer uma retrospectiva sobre o meu semestre anterior, que foi também o meu primeiro semestre na faculdade. E não há sítio melhor para fazer esta retrospectiva do que aqui no blog.

Não querendo ser acusada de plágio pela Inês do Bobby Pins ( vejam os posts dela sobre o seu curso, são muito úteis, como este aqui), acho que seria muito útil escrever sobre os  meus semestres para quem está a pensar entrar ou esteja em Enfermagem.

Para quem não sabe, eu entrei em Setembro do ano passado ( quem me ouvir falar pensa que já foi há um ano, mas na verdade só foi ainda há uns meses) em Enfermagem na Universidade do Minho. Tinha média para entrar em todos as zonas do país, mas ainda assim passei o Verão um bocado stressada porque, azarada como eu sou, as médias ainda poderiam subir vários valores e eu não entrar. Felizmente, isso não aconteceu, e eu entrei na Universidade do Minho com bastante facilidade, um valor acima da média de ingresso ( e só não entrei com melhor média porque Física e Química lixou-me a vida no secundário, mas isso agora já é passado).

O primeiro semestre foi uma montanha-russa de emoções. Por um lado, foram os meus primeiros meses como caloira. Foram os melhores meses da minha vida: experimentei a praxe e adorei, conheci pessoas fantásticas ( tanto caloiros como Doutores), fiz muitas coisas engraçadas na praxe... O início do primeiro semestre foi marcado também por muitas festas, jantares de curso e muita animação... Por outro lado, foram meses muitos stressantes: as primeiras aulas, os professores que não sabiam o nosso nome (nem nunca chegaram a saber), os primeiros trabalhos escritos e de grupo ( "trabalhos de grupo" significam sempre drama), as primeiras frequências, as primeiras desilusões com as notas ( principalmente com as de Anatomia), ter sido obrigado a desistir da praxe pelos meus pais ( caso não saibam do que estou a falar, leiam este post)... No entanto, no geral foi um bom semestre.

No 1º semestre do meu 1º ano em Enfermagem tive 4 cadeiras: Fundamentos de Enfermagem I, Fundamentos dos Sistemas do Corpo Humano ( também conhecida como Anatomia), Biologia Celular e Molecular e PFFS ( Família, Pessoa, Sociedade e Saúde). Decidi falar neste post sobre estas cadeiras separadamente, para vocês compreenderem melhor em que consiste cada cadeira. Aviso já que vai ser um post um pouco longo ( tenho que trabalhar na minha capacidade de síntese), mas como está tudo dividido é de leitura mais fácil e podem ler apenas o que vos interessa.



Fundamentos de Enfermagem I

Uma pequena nota: todas as cadeiras que começam com "Fundamentos.." são mais as mais complicadas. Nem são cadeiras, são mais sofás! Uma pessoa lê no plano curricular do curso " Fundamentos de não sei o quê" e pensa " Fundamentos? Isto deve ser a cadeira mais fácil" e depois chega à época de frequências e tem vontade de cortar os pulsos. Pronto, já aprenderam a lição: se alguma cadeira for " Fundamentos de qualquer coisa" agarrem-se aos livros/ apontamentos dessa cadeira, porque esta vai-vos fazer derramar muitas lágrimas.

Posto esta pequena ( e não muito animadora) nota, vou falar-vos então da cadeira. Fundamentos de Enfermagem I é, tal como o próprio nome indica, os conceitos básicos desta profissão. Mas não se deixem enganar pelo nome, têm-se que estudar muita coisa: a evolução da Enfermagem ( desde o tempo dos dinossauros até aos dias de hoje.), os tipos de pensamento em Enfermagem ( que é como quem diz, 1263829 teorias diferentes), o Autocuidado, o Comportamento do Enfermeiro,  Cuidar em  Enfermagem... Desta quantidade enorme de matéria, aquilo que é mais importante é  o Autocuidado ( quem estiver em Enfermagem vai estar sempre a ouvir esta palavra, e que não se atreva a não saber o que significa), o Comportamento do Enfermeiro e o Cuidado de Enfermagem. O resto é "palha"! Mas obviamente que temos que decorar tudo para a frequência. Mas uma vez feita esta cadeira, é basicamente isto que é preciso reter.

As aulas que tive desta cadeira forma quase todas em trabalhos de grupo. Fomos autênticos autodidatas! Chegou a ser rídiculo até a quantidade de trabalhos de grupo que tivemos de fazer. Cá entre nós, a maior parte da matéria era tão entediante que nem os professores se davam ao trabalho de dar aulas, o que acabou por nos prejudicar.

Esta cadeira é, apesar de tudo, de extrema importância e talvez até a mais importante. Se uma pessoa não passar a esta cadeira, não vai a estágio e reprova automaticamente de ano. E vocês pensam " mas quem é que vai reprovar a uma cadeira tão fácil, que só é decorar?". Isso é o que eu e os meus colegas estivemos a pensar um semestre inteiro até chegar à frequência. E quando chegamos à frequência, arrependemo-nos de não ter dado tanta atenção à cadeira. A frequência foi muito difícil. Perguntas muito abstratas, manhosas do tipo " escolha a opção mais verdadeira" ( e todas as opções eram verdadeiras), perguntas que nada tinham a ver com o que estava nos nossos apontamentos ( muitas vezes só quem tinha ido às aulas todas sabia responder, dou Graças a Deus por ter ido a todas as aulas.)....

Passei a esta cadeira logo à primeira, mas muitos colegas meus não tiveram essa sorte. Não volto a cometer o mesmo erro com Fundamentos de Enfermagem II. 


Fundamentos dos Sistemas do Corpo Humano ( AKA Anatomia)


Este é o verdadeiro cadeirão do 1º ano de Enfermagem. Faz-vos chorar, gritar, rezar mesmo que vocês não sejam religiosos, e chegas mesmo a preferir morrer do que teres de fazer exame a isto. Pronto, já perceberam que esta cadeira é mesmo horrível. Mas ninguém pode ser enfermeiro se não a fizer ( pelo bem da Humanidade, não gostaria de ser tratada por pessoas que não sabem onde fica o músculo Esternocleidomastoideu...). 

Esta é o tipo de cadeira a que vocês têm que ir às aulas todinhas ( e estar atento/a do início ao fim), fazer resumos e estudar desde o início e, depois de todo este trabalho e esforço, ainda muita coisa pode correr mal. Por isso, o melhor é estudar esta cadeira do início. 

A quantidade de matéria é enorme. Noutros cursos existe Anatomia I e II, Fisiologia I e II, Histologia,... Aqui na Universidade do Minho não, é tudo na mesma cadeira, no mesmo semestre. Para matar uma pessoa mais rápido, só pode! Basicamente, tivemos que decorar 1500 páginas de matéria para duas frequências, mais saber de cor e salteado, da frente para trás e de trás para a frente, todos os cantos possíveis e imaginários do corpo humano para o teste prático.

Reprovei a Anatomia. Por 3 décimas, que crueldade! Estou à espera de uma eventual oral para ver se me safo, mas ainda não soube de nada ( EDIT 16 Fevereiro: os professores fizeram uma oral para quem tinha média superior a 8 e eu fui lá, tentar a minha sorte. Consegui passar! Livrei-me do cadeirão do ano!)



PFFS ( Pessoa, Família, Sociedade e Saúde)

Esta cadeira é como se incluísse sub-cadeiras dentro dela: tive Pscicologia, Sociologia e ainda Contextos de Saúde,... Gostei bastante desta cadeira. Acho que foi a minha preferida neste semestre. Aprendi tanta coisa que certamente me vai ser muito útil para enfermagem e até para a vida em geral: aprendi as formas mais adequadas de comunicar, de abordar as pessoas, aprendi que a nossa linguagem corporal diz muito sobre o nosso grau de interesse, aprendi formas de pensamento e comportamento, aprendi mais sobre a sociedade e como esta funciona... Uma cadeira extremamente prática e útil.

É uma cadeira muito fácil, até podia ter faltado às aulas e ter passado na mesma. Mas obviamente que não seria a mesma coisa. São cadeiras como esta que, no futuro, nos tornam enfermeiros mais humanos, prontos a atender às necessidades dos pacientes. 

Esta cadeira foi a melhor nota do meu primeiro semestre: 16, upi!



Biologia Celular e Molecular

Apesar de não ser uma cadeira tão difícil como Anatomia, não lhe fica muito atrás. É uma cadeira muito trabalhosa, com muitos pormenores, que exige muito tempo para estudar.

Nesta cadeira, aprendi ( ou decorei, vá, depois da frequência esqueci metade) tudo sobre Biologia, desde células, a todos os processos do metabolismo, DNA ( e tudo relativo a este), proteínas... Tive que estudar tanta coisa que nem sei o que enumerar aqui!

Os resumos de Biologia do Secundário foram-me bastante úteis para esta cadeira. Aliás, não sei o que teria sido de mim sem eles. Tive uma professora de Biologia no Secundário que ensinou mais matéria do que aquela que estava no programa, ou seja, ensinou matéria que é lecionada na universidade. Dou graças a Deus por ter tido uma professora excelente no Secundário, que se deu mesmo a esse trabalho. Agora que cheguei à universidade e tive esta cadeira, foi muito mais fácil de estudar pelos resumos que já tinha feito, em vez de ter 1892739 para fazer a frequência. Sem dúvida que estudar pelos resumos do Secundário foi uma mais valia.

Acabei de constatar agora que escrevi muitos pontos de exclamação neste post. Para verem o semestre cheio de emoções que tive!

No geral, até me safei bem neste semestre, tendo em conta o choque que foi em relação ao Secundário (acreditem, o secundário não vos prepara em nada para a faculdade). No segundo semestre existem várias coisas que quero melhorar, e não pode voltar a acontecer o que me aconteceu a Anatomia.


E a malta destes cantos que anda na universidade? Como correu o vosso 1º semestre?


8.12.15

A Teoria de Maslow não faz sentido!


Na história da Psicologia, sempre surgiram diversas teorias acerca de um determinado assunto e muitas, nunca estão completamente corretas.

No meu curso ( Enfermagem), tenho uma cadeira chamada Fundamentos de Enfermagem I, em que basicamente ensinam-nos coisas como a história de enfermagem, o código deontológico, mas também damos algumas matérias relacionadas com Psicologia, como a Motivação Humana. E , recentemente, dei na aula a Teoria de Maslow.

Nunca concordei com a Teoria de Maslow, em que há uma pirâmide de necessidades, sendo o 1º nível as necessidades básicas ( fome, abrigo,etc.) e o último nível a auto-realização.

O pressuposto principal desta teoria é que se o ser humano não tiver as suas necessidades básicas satisfeitas nunca poderá chegar à auto-realização. Ora, segundo esta teoria, uma pessoa que nasça numa família pobre, que viva numa casa sem condições e que passe fome nunca atingirá os seus objetivos e nunca será ninguém na vida.

Obviamente que esse é, infelizmente, o destino de muitas pessoas, mas não é de todas. E tenho pessoas na minha família que são provas disso. Tenho familiares meus que foram pobres em criança, passaram fome e, que mesmo assim, conseguiram ser alguém na vida e atingir os seus objetivos. E, segundo Maslow, isso não seria possível.

Eu acho que, por vezes, o facto de uma pessoa ter poucas coisas  viver miseravelmente só lhe dá mais vontade de seguir os seus sonhos e atingir os seus objetivos, para poder mudar a sua vida e viver de uma forma mais feliz.

Outra coisa que não concordo nesta teoria é que estas necessidades não deviam estar dispostas numa pirâmide, em que apenas subimos de nível. Uma  pessoa pode  não ter as minhas necessidades sociais satisfeitas, por exemplo, mas sentir-se  realizada no seu trabalho ( que corresponde ao último nível da pirâmide).

Além disso, nem todas as pessoas têm as mesmas necessidades. Por exemplo, vejamos a minha pirâmide de necessidades:



Brincadeiras à parte :acho que as coisas não podem ser tratadas de uma forma tão linear.


4.12.15

Life Update: Época de exames ( e frustração).


Sei que ultimamente não tenho escrito com tanta frequência no blog e, embora vos já te justificado a razão de não estar quase a publicar nada, sinto que estou a falhar para com vocês e este blog. Por isso, decidi fazer este post para ficarem a par do que se passa na minha vida.

Estou a entrar mesmo em plena época de exames. Ultimamente, tenho estudado dia e noite para conseguir estudar toda a matéria, que é imensa, e que parece que nunca deixa de acumular. Já me tinham dito que na universidade tínhamos que estudar pilhas de matéria para cada exame, mas uma coisa é saber isso, outra coisa é estar mesmo a passar agora por isso. Já tenho mais apontamentos e resumos que no meu secundário inteiro!

Estou a esforçar-me ao máximo. Estou mesmo a dar tudo o que tenho. Mas às vezes sinto que este esforço não é suficiente. Sinto que ainda há muito para estudar, que ainda há muito para saber. E já só tenho 3 dias até ao meu primeiro exame, que é o cadeirão deste primeiro ano ( Anatomia), para agravar ainda mais a situação! E adicionem a isto  ter aulas toda a tarde e só poder estudar de manhã e à noite ( sendo que à noite, uma pessoa já está tão cansada que nem memoriza as coisas).

Desde o início do ano que tentei manter um estudo contínuo, porque sabia que a matéria acumulava depressa. Fui a todas as aulas, estudei todos os dias, tirei dúvidas com colegas mais velhos e professores... Mas agora, que estou a 3 dias do exame, a matéria ainda não parou de acumular e confesso que estou a começar a entrar em pânico! Já estou a imaginar algumas pessoas que estão agora a ler isto a dizer " Isto não é o secundário" ou " Habitua-te que a universidade é assim"... Sim, já me tinham dito isso antes de eu entrar para a universidade, mas isso não diminui o meu medo.

A frustação é muita. Por mais que estude, parece que nunca consigo estudar tudo, parece que nunca sei tudo. Às vezes, parece até que as matérias não me entram na cabeça. E quando estou a fazer intervalos no estudo, como estou a fazer agora para escrever este post, sinto-me um pouco culpada por não estar a estudar.

Tenho medo de falhar. Há tanta coisa que está em jogo. Estudei 12 anos a fio para poder estar no curso que estou hoje. Sempre fui boa aluna, sempre me esforcei, sempre tirei boas notas. Não quero chegar agora a universidade, depois de ter passado por tanta coisa, e deitar tudo por água abaixo. Ouço muitas histórias de pessoas que tinham 18 e 19 no secundário e que chegaram a universidade começaram a tirar negativas e a deixar cadeiras para trás. E eu não quero que me aconteça o mesmo comigo. Fico logo nervosa e maldisposta só de pensar nisso.

Não quero sobretudo desiludir os meus pais. Os meus pais esforçaram-se desde sempre para que eu pudesse andar nas melhores escolas, para que eu tivesse condições para estudar, para que nada me faltasse... Não quero desiludi-los agora, depois de tudo o que já atingi e de tudo o que já consegui ultrapassar.  Mas, acima de tudo, tenho medo de estar a falhar para comigo própia.

(Peço desculpa por este post, escrito num tom mais de desabafo. Mas sinto que , dado a minha ausência, devo a minha sinceridade a vocês.)