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12.11.15

Crónicas de quem mora ao pé da Universidade do Minho.


Se há sítio onde eu não conseguia viver era à beira da Universidade do Minho. Até podia ser muito fixe acordar às 7h45 para ir para a aula das 8 horas, mas as vantagens ficariam por aí ( além de que, no meu caso, só poderia usufruir desta vantagem no 3º ano, que é quando só tenho aulas de manhã). Atenção que escrevo este post sem estar a falar por experiência própia, mas sim por testemunhos de pessoas que conheço e que moram lá.

Para quem não sabe, perto da Universidade do Minho aqui em Braga existe uma rua cheia de bares, e nas quarta-feiras académicas fica uma animação ( leia-se um mar de pessoas, e perto das 6 horas da manhã,  um mar de bêbedos). Ora, é muito fixe viver nesta zona quando é para sair numa quarta feira, mas quando se precisa de ficar em casa a estudar e temos um amigo a tocar à porta de nossa casa para sair,imagino que já não tenha assim tanta piada.

Outras das coisas  desagradáveis  de morar ao pé da UM é que já há um despertador predefinido para as 8 horas,  ou seja, acorda-se a essa hora com os berros da caloirada que tem praxe ( e só não começam as praxes mais cedo, porque praxe antes das 8 horas da manhã é considerada praxe nocturna pelo "papa" , que é o equivalente ao  Dux de outras universidades).

Na altura da latada ou do cortejo, na semana da Receção ao Caloiro ou do Enterro da Gata, ou em altura de praxes noturnas, os estudantes que vivem perto da UM vêem as suas casas invadidas pelos seus colegas de turma. Não era grave se estivéssemos a falar de turmas do secundário, com 20 a 30 alunos, mas como estamos a falar de turmas que podem chegar a 100 alunos, a situação  é bastante grave. Normalmente, nestas alturas, podem chegar a estar 50 pessoas dentro de uma  casa universitária ,  para trocar de roupa para sair à noite, para deixar os seus pertences porque vão para uma praxe noturna, ou para guardar as latas e todo o material para a latada.

E isto é o cenário mais positivo, porque ainda há hipótese de alguns colegas dormirem na casa destes pobres estudantes. Aí a casa vira um hotel, com a desvantagem que de que o estudantes que a cedem não recebem dinheiro nenhum. Chegam  a ter 20 "hóspedes" de cada vez. Felizmente, são" hóspedes" pouco exigentes: dormem no chão, não precisam de cobertores ( já ficam felizes se dormirem com o casaco, sempre é melhor que dormirem à porta de um prédio qualquer)... Mas não lá muito bem comportados... Poderão ter que lidar com "hóspedes" que apanharam altas borracheiras, e que portanto podem rir descontroladamente de tudo ou chorar por causa do ex-namorado/ex-namorada que acabou com eles à 500 anos. Isto, claro, se eles não se lembrarem de vomitar no edredom da cama.

Mas há sempre aqueles "hóspedes"que não foram convidados, e que portanto dormem na entrada do prédio. E ainda há aqueles não abdicam dos seus luxos e que levam mesmo colchões e cobertores para a entrada do prédio, e no dia a seguir, os pobres moradores têm que saltar por cima destes "convidados" indesejados para poderem sair e prosseguir com as suas vidas.

Conclusão: Se são de fora e vêem estudar para a Universidade do Minho, não aluguem quarto perto da Universidade. O tempo que poupam em transportes perdem em serviços de hotelaria/noitadas.

6 comentários:

  1. Realmente não deve ser fácil. Felizmente não passei por isso - viver num sítio barulhento onde toda a gente queria dormir x)

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  2. Eu gostava de viver num sítio muito movimentado, não para ir para a borga à noite porque detesto, mas porque gosto mesmo de movimento e confusão no meu dia-a-dia. Mas acordar com caloiros aos berros, nunca :P

    Estive a espreitar outros posts e gostei muito do teu blog, vou seguir ;)

    Perdida em Combate

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    1. Nahh, eu prefiro viver em sítios calmos, e experienciar só movimento e confusão durante o dia :).
      Obrigada linda, vou já espreitar o teu.

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