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23.4.17

Como te aceitares melhor a ti próprio/a


Tal como já tinha prometido, aqui está um post que espero que ajude muita gente. Depois de refletirmos sobre o motivo pelo qual muita gente não se consegue aceitar a elas mesmas, hoje achei importante falarmos sobre as maneiras de ultrapassarmos isso.

Como já partilhei aqui no blog, durante muitos anos, a autoaceitação foi uma batalha dura que travei e que continuo a travar todos os dias, apesar de agora ser uma pessoa muito mais confiante do que antes. Por isso, compreendo perfeitamente aquilo que outras pessoas poderão estar a passar.

Compreendo perfeitamente o que é olharmo-nos ao espelho e não gostarmos daquilo que vemos. O que é sentir que só fazemos asneiras. O que é sentir que há sempre alguém melhor do que nós. Porém, isto não é a realidade, todos estes pensamentos não passam disso, de pensamentos, pensamentos autodestrutivos que resultam de uma imagem negativa que nós criámos de nós mesmos.

Aceitarmo-nos a nós mesmos é muito difícil, sobretudo quando nos agarramos a estes pensamentos negativos e a expetativas irrealistas. O caminho para a autoaceitação é um caminho sinuoso, longo e muito difícil de percorrer.

As boas notícias é que é realmente possível aceitarmo-nos a nós mesmos. Se és uma pessoa que está a ter dificuldades com isso, este post é para ti. Não é uma receita 100% eficaz que te levará a um resultado certo, atenção, porém, se juntares a estas dicas uma boa dose de força de vontade e perseverança, certamente que, um dia, conseguirás atingir o teu objetivo, e serás uma pessoa muito mai ssegura de si mesma.


1. Escreve uma lista das tuas qualidades: A primeira coisa que tens que fazer para contrariares os teus pensamentos negativos e até autodestrutivos é escreveres uma lista com as tuas qualidades. Eu sei, eu sei, ao início não irá ser fácil, só te irás lembrar dos teus defeitos, mas continua a insistir  e verás que, passado algum tempo, te irás conseguir lembrar de algumas qualidades. Pensa em todas as situações em que já foste elogiado/a mas ignoraste, pensa nas boas ações que já fizeste, pensa nas coisas para as quais tens jeito, por mais pequenas que sejam ( nem que seja ter jeito para cuidar do jardim da tua casa)... Faz disto um hábito. Escreve uma lista assim todos os dias.Verás que, quantas mais listas escreveres, mais fácil será identificar as tuas qualidades, e mais fácil será identificá-las e, consequentemente, mais confiante te sentirás.

2. Aceita os teus defeitos: Ninguém é perfeito, não somos robots, portanto todos nós temos defeitos. Aceita-os, tenta mudá-los se possível, mas se tal não for possível, aceita o facto de que terás que viver com estes e que terás de arranjar uma forma de lidar com estes.  Aceita o facto de nem sempre dizeres o que é mais correto, de cometeres erros, de dizeres coisas quem nem fazem sentido, fazer coisas que também não fazem sentido... Todos nós temos as nossas falhas, por isso, não vale a pena fingir que somos deuses só com qualidades.

3. Esquece a perfeição: Tal como já disse, ninguém é perfeito. Portanto, se estás à espera de ser perfeito/a para só depois te aceitares e amares a ti próprio/a, então nunca gostarás de ti. Em vez de procurares a perfeição, procura ser melhor e dar o melhor de ti em tudo, a cada dia que passa. Tenta esforçar-te ao máximo e fazer o melhor que podes. Os resultados nunca serão perfeitos, mas serão melhores do que nunca tentar nada.

4. Para de viver segundo as expectativas dos outros: Hoje em dia, é muito fácil cair nesta armadilha. Estamos constantemente sujeitos à pressão de corresponder às expetativas dos nossos pais, conseguir viver segundo os padrões da sociedade, do nosso grupo de amigos,... Queremos tanto agradar a toda a gente que nos esquecemos do mais importante, que é agradar a nós próprios, e é por isso que somos tão infelizes e inseguros. Eu sei que é mais fácil falar do que fazer, mas pára de tentar viver a vida que os outros querem para ti. Tu aí não estarás a viver, estarás apenas a existir. A vida é tua, e tu tens o direito de fazer dela aquilo que quiseres.

5. Para de procurar a aprovação dos outros: A grande dificuldade em aprendermos a aceitarmo-nos a nós próprios é que nós costumamos basear a nossa autoaceitação na opinião que os outros têm de nós, o que é completamente errado. Nós não precisamos que os outros nos digam que somos bonitos para acharmos isso, nós não precisamos que nos digam que somos talentosos para acharmos que somos. O que os outros acham ou não acham de ti não te define, aliás, eles não têm nada a ver com aquilo que és ou deixas de ser. Demorei anos a perceber isto, mas agora é claro como a água. Não precisas da aprovação de ninguém para seres ou fazeres aquilo que queres. A única pessoa que te está a impedir és tu.

6. Não cries cronogramas imaginários para a tua vida: Esta foi uma das grandes dificuldades que eu senti, quando era mais nova. Existe um conograma clássico que muita gente segue: infantário, básico, primeiro namorado, secundário, universidade, festas, encontros, emprego, casamento, filhos,... Durante muitos anos, acreditei que, se não seguisse este padrão, não seria feliz, e a minha vida teria sido em vão. Durante muito tempo martirizei-me por, por exemplo, por nunca ter tido um namorado. A verdade é que nem todos temos que seguir este padrão, aliás, muitas vezes a vida troca-nos as voltas, o que nos impossibilita isso. Além disso, nem todos temos os mesmos sonhos, logo nem todos faremos as mesmas escolhas e seguiremos o mesmo caminho. Por isso, pára de criar cronogramas imaginários na tua cabeça, aceita o facto que certas coisas acontecerão quando tiverem que acontecer, e que não tens que fazer tudo o que os outros fazem. Se ainda não tens namorado, aproveita o melhor que ser solteiro/a te pode oferecer, e tem fé que um dia encontrarás alguém. Se não conseguiste entrar na universidade, continua a estudar e vais ver que vais conseguir ( e se a universidade não for para ti, não tem problema). Faz aquilo que está certo para ti e agarra as oportunidades quando estas surgem.

7. Pensa nos teus erros não como um fracasso, mas sim como um processo de aprendizagem: Há uns tempos atrás, escrevi um post sobre isto, que é muito útil se fores aquilo tipo de pessoa que ainda acha que errar é uma vergonha. No entanto, errar não é algo de que te devas envergonhar, é uma oportunidade para aprenderes, para seres melhor, e para tentares mais arduamente ou de forma mais inteligente. Pensa que todos os erros que estás a cometer agora contribuirão, de alguma forma, para te fazer evoluir e para te tornar numa pessoa melhor.

8. Não te compares aos outros: Não conseguirás aceitar-te a ti próprio/a se achares que os outros são mais bonitos/inteligentes/fixes do que tu. Se te tiveres sempre a comparar aos outros, acharás sempre que és inferior, e não conseguirás ver o que realmente há de bom em ti. Todos nós somos diferentes e belos à nossa maneira. Pode parecer um cliché, mas é a mais pura das verdades. Se fôssemos todos iguais, o mundo seria um lugar muito mais aborrecido. As nossas diferenças são aquilo que nos tornam interessantes.

9. Passa tempo sozinho: Passar tempo sozinho/a é uma oportunidade de fazeres aquilo que gostas ( como ler ou ouvir música), de relaxares, etc, mas sobretudo de refletires melhor sobre ti próprio/a, sobre aquilo que achas que és e aquilo que realmente és. É, portanto, uma oportunidade de, aos poucos, ires cosntruindo uma imagem mais positiva de ti próprio/a e de trabalhares na tua autoconfiança.

10. Perdoa-te: Os arrependimentos do nosso passado impedem-nos de nos aceitarmos em pleno. Perdoa-te, aceita os erros que cometeste e as situações que correram mal, e segue em frente. Não podes mudar o teu passado, mas podes mudar o presente e o futuro, e é nisso que te tens de concentrar.


E vocês? Já tiveram que aprender a aceitarem-se a vocês mesmos? Que conselhos dariam às pessoas que estão a passar agora pelo mesmo?

15.4.17

10 razões pelas quais a auto aceitação é tão difícil


( Pequeno aviso: Amanhã  e na segunda, não haverão posts. Estarei com a minha família a aproveitar  a Páscoa. O blog volta ao ativo dia 18 de abril. Até lá, desejo-vos uma boa Páscoa, com muitos doces e boa companhia).


Uma das perguntas mais recebo frequentemente é como ultrapassar as nossas inseguranças/aceitarmo-nos a nós próprios. Ao início, eu respondia às pessoas individualmente, por mensagem mas, dado a frequência com que recebo este tipo de perguntas, pensei em fazer uma série de posts sobre o assunto, sendo este, portanto, o primeiro de muitos.

Primeiro de tudo, o que é a auto aceitação? A auto aceitação é aceitarmo-nos a nós próprios, com todas as nossas qualidades e defeitos, sem julgamentos. Nem sempre é fácil, e nem sempre todos nós o conseguimos.

Sentes-te inseguro/a quando olhas aos espelho? Estás sempre a pensar nos teus defeitos em vez de pensares nas tuas qualidades? Achas que nunca és bom/boa o suficiente? Sentes vergonha de partilhar os teus interesses? Há uns anos atrás, também me sentia assim. Foram precisos anos e anos de muita luta para conseguir, finalmente, aceitar-me e gostar de mim. Ainda hoje, é uma batalha que travo todos os dias, porém, com o tempo, tudo torna-se mais fácil.

A auto aceitação é, portanto, um caminho longo a percorrer, uma batalha difícil de travar, que exige muito esforço, treino e dedicação. Aceitarmo-nos tal como somos é, por vezes, extremamente difícil, por causa das razões que vou falar a seguir.

Aviso, desde já que, à primeira vista, este post irá parecer muito negativo, e vai parecer que estou a reforçar ainda mais as inseguranças das pessoas. No entanto, penso que, antes de falar, futuramente, em outros posts sobre a minha experiência pessoal e como aceitarmo-nos a nós próprios, é importante falar nas razões pelas quais este processo é tão difícil. Uma vez identificadas essas razões, será muitos mais fácil de ultrapassar as inseguranças e receios.


1. Tu pensas que tudo é tua culpa: Tu culpas-te por tudo aquilo que aconteceu na tua vida, especialmente eventos que ocorreram no início desta, sobre os quais não tinhas nenhum controlo. Por exemplo, podes culpar-te do divórcio dos teus pais. Por vezes, é muito difícil libertarmo-nos dessa culpa, e percebermos que não podemos controlar tudo.

2. Tens que enfrentar expetativas irrealistas e injustas: Se és uma pessoa introvertida, é provável que, neste momento, te estejas a confrontar com a realidade de uma sociedade cheia de extrovertidos. Na verdade, ser extrovertido não nos torna melhores do que ninguém, é só um traço demasiado valorizado, infelizmente. Também poderás estar a confrontar-te com as expetativas dos teus pais, que querem que tenhas um certo tipo de vida e que te tornes um certo tipo de pessoa quase obrigatoriamente. Lidar com expetativas como estas pode ser bastante avassalador, tanto que nos esquecemos daquilo que realmente queremos para nós.

3. Tu achas que não és bom/boa o suficiente: Começaste por te sentir "deslocado/a" na tua infância, e assim continuaste pela tua vida adulta. Existiram pessoas na tua vida que te fizeram acreditar que não és bom/boa o suficiente, e ouviste isso tantas vezes que começaste a acreditar também. Quebrar este padrão de pensamento negativo é uma tarefa complicada, no entanto, com muito esforço, é possível reverter a situação.

4. Pões condições na tua auto aceitação: Tu acreditas que só vais conseguir aceitares-te completamente quando atingires x objetivo ou tiveres x coisa, como boas notas, um namorado, um certo número de amigos  e/ou um bom emprego. A parte mais difícil deste mau hábito é que as tuas condições estão sempre a mudar ao longo dos anos, o que adia a tua auto aceitação.

5. Sentires-te fora do controlo deixa-te inseguro/a: Quando, por exemplo, terminas um relacionamento ou perdes um emprego, uma das coisas mais difíceis com que tens de lidar é o sentimento de que perdeste controlo sobre a tua vida. Sentes-te frustrado/a porque o teu esforço e desejos não foram suficientes para impedir que isso acontecesse. Quando te encontras numa situação destas, achas sempre que foste a causa de determinado acontecimento, e és tu que tens que mudar para não voltar a acontecer o mesmo, o que nem sempre é verdadeiro.

6. Estás a tentar viver de acordo com as normas sociais: Estás a tentar a viver a vida que a sociedade diz que é suposto viveres, o que significa ir para um curso dito bom na universidade, ter um bom emprego, casar, ter filhos., etc, o que nem sempre esse é o caminho de toda a gente. Infelizmente, a sociedade criou padrões, na minha opinião, estúpidos, que faz com que as pessoas que não se encaixam nesses padrões se sintam inseguras e inferiores.

7. Não tens um círculo social que te conforte e apoie: É muito difícil sentires-te confiante quando a tua família, namorado/a ou amigos te estão constantemente a deitar abaixo. Por vezes, nós estabelecemos inconscientemente relações com pessoas reforçam os nossos pensamentos negativos sobre nós próprios. Sair destas relações tóxicas é uma grande luta que exige muito esforço, principalmente quando não nos achamos merecedores de mais.

8. É mais fácil esquecer as tuas qualidades, e concentrares-te no que é negativo: Quando desenvolvemos um padrão de pensamento negativo, é muito mais fácil concentrares-te nos teus defeitos do que nas tuas qualidades, mesmo que, neste momento, sejas incrivelmente bom/boa em algo. A pior parte deste tipo de pensamento é que estes se reforçam a eles próprios. Por exemplo, se acreditas que não és bom/boa a fazer amigos nem te sais bem em situações sociais, é muito provável que evites este tipo de situações, o que só vai piorar as coisas.

9. Tens vergonha de partilhar os teus gostos, objetivos ou sonhos: Tens vergonha de partilhar os teus interesses, porque achas que são demasiado estúpidos ou parvos, e tens medo de seres gozado/a. Pensas que só assim as pessoas se relacionarão contigo. A verdade é que isto acaba por prejudicar as tuas relações porque, não partilhando os teus interesses, as pessoas não se conseguem identificar contigo, pensam que não tens personalidade, e acabam por não se ligar a ti.

10. A auto aceitação é algo que exige muita prática: Quebrar padrões de insegurança e pensamento negativos que duraram anos não é algo que se consiga de um dia para o outro. É algo que existe muito treino, empenho e dedicação. Terás que contrariar os teus pensamentos negativos todos os dias, acreditar que és bom/boa o suficiente e acreditar nas tuas qualidades/capacidades. Durante muitos anos, continuarás a sentir inseguro/a ( na verdade, poderás continuar sempre, mas todos nós temos as nossas inseguranças), mas um dia serás capaz de olhar-te ao espelho e aceitares a pessoa que és.


E vocês? Identificaram-se com alguns destes pontos? Já batalharam ou estão a batalhar contra as vossas inseguranças?