"". Life of Cherry: 10 coisas que só quem morou numa aldeia compreende !-- Javascript Resumo Automático de Postagens-->

28.4.17

10 coisas que só quem morou numa aldeia compreende


Não sei se já contei aqui no blog ou não mas, até aos 8 anos, eu morei numa aldeia pequena num concelho de Braga. Tenho boas recordações de lá, mas sempre anseei pelo dia em que finalmente me mudaria para uma cidade, e pelos vistos os meus pais também porque, passados 8 anos de eu nascer, mudámo-nos para Braga.

São muitas as pessoas citadinas que dizem que adorariam viver numa aldeia, por ser mais calmo, menos poluído e com paisagens mais bonitas, sem prédios nem carros a buzinar a toda a hora. Contudo, a realidade de viver numa aldeia não é como nos filmes, tem muitas desvantagens ( desvantagens essas que fazem com que eu prefira a cidade). Não estou a dizer que morar numa aldeia é horrível, porque não é, mas existem muitas coisas chatas com as quais se tem de lidar.


1. Toda a gente conhece toda a gente: Anonimato é um conceito desconhecido numa aldeia. Toda a gente conhece toda a gente, literalmente. Toda a gente conhece-te a ti e à tua família, e vice-versa. Toda a gente se conhece pelos nomes, sabem o que é que cada um faz, onde moram, que idade têm, se estão casados ou não, quantos filhos têm,... Se, por acaso, não conheces uma pessoa, é provável que alguém da tua família conheça.

2. Pessoas de quem não te lembras reconhecem-te de quando eras bebé: Já perdi a conta às vezes que me disseram " És filha de x? Já não te via desde bebé!".

3. Não é estranho dizeres olá ou acenares a estranhos: É estranho e rude se não o fizeres.

4. Não consegues ir para lado nenhum sem te cruzares com alguém: Vais ao supermercado comprar leite? Cruzas-te com colegas da escola ou vizinhos. Vais ao banco levantar dinheiro? Encontras o teu antigo professor de matemática. Vais passear no parque? Encontras um amigo de família. Fogo, será que é possível ir a algum sítio sem encontrar alguém?

5. Se tu cometeste um erro, toda a gente fica a saber: Os rumores circulam incrivelmente rápido em aldeias. Por sua vez, todos os erros que comestes também.  Se tu cometes algum erro ou fazes alguma asneira, toda a gente irá saber, e ouvirás " bocas" deles durante as semanas seguintes, até encontrarem um assunto melhor para falarem.

6. Não há muito para fazer nem para onde ir: No sítio onde eu vivia, o cinema tinha apenas uma sala, o centro comercial só tinha algumas lojas, e só havia um parque pequeno. Não havia muito para fazer nem para onde ir. Se gostas da calma e solidão de uma aldeia, então esse é o lugar ideal para ti, mas se gostas de movimento, de ter muitos sítios para visitar e de ter muitas coisas para fazer, então a cidade é melhor para ti.

7. Onde há muitos sítios para almoçar/jantar fora: Não há uma grande variedade de restaurantes nem comidas diferentes para experimentares. No sítio onde vivia, nem McDonalds existia!

8. As tuas opções de potenciais namorados/as são tão limitadas como as tuas opções de carreira: Da mesma maneira que não há grande oferta de emprego numa aldeia ( motivo pelo qual também saí de lá), também não há grandes possibilidades de namoro. Não estou a ter muita sorte na cidade, mas lá na minha aldeia é que não tinha nenhuma de certeza, eram todos feios ou parolos ahahahahahah.

9. A maior parte das pessoas conhece os teus pais, e vão dizer tudo aquilo que tu fazes: Eu nunca tive grandes liberdades, mas na aldeia é que não tinha mesmo nenhuma. As auxiliares da minha escola, por exemplo, conheciam os meus pais, e diziam-lhes tudo o que fazia no recreio, desde zangas de amigas, brincadeiras, as vezes que falava com rapazes,... Fiquei traumatizada das aldeias desde nova!

10. Nunca ninguém ouviu falar do sítio onde vives: De cada vez que digo que vivi numa aldeia, perguntam-me qual era e depois dizem " Nunca ouvi falar..." pelo que tenho sempre que referir qual é a cidade mais próxima, para perceberem onde é.



E vocês? Já viveram numa aldeia? Quais eram as coisas que gostavam mais e as que menos gostavam?

14 comentários:

  1. Nunca morei num aldeia, e apesar de acreditar que tem as suas coisas boas, não sei até que ponto é que gostaria de ter vivo ou assim ^^'
    Beijinhos**
    Rose
    _________________________
    All The way is an adventure
    Jess & Rose Blog | Instagram | Youtube

    ResponderEliminar
  2. Não vivo numa aldeia, mas na cidade (minúscula, diga-se de passagem) onde vivo, também acontece tudo isso, especialmente se um dos teus pais ou parentes próximos vivem por aqui há muitos anos. É muito raro ir ao supermercado e não encontrar alguém conhecido, e não podes nem tropeçar na calçada da rua e cair que no dia a seguir toda a gente sabe até a que horas isso aconteceu. Ahahaha

    http://saturnsmermaid.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, as cidades pequenas acabam por funcionar da mesma maneira que as aldeias, para mal dos nossos pecados ahahah.

      Eliminar
  3. Posso confirmar que assim é. Nunca vivi numa aldeia mas, até ir para a faculdade, vivi numa cidade pequena do interior...era mais ou menos assim!

    ResponderEliminar
  4. Um bairro numa grande cidade não é muito diferente de uma aldeia. Eu nasci em Lisboa e de lá nunca saí, por isso sou citadina. Mas quem me conhece sempre me diz que pareço do campo... lol. A educação que meus pais tiveram e a infância que viveram foi mais campestre. A pesar de também de Lisboa. Porque os pais trazem esses conceitos consigo. E antigamente esses conceitos, quando na cidade, eram aplicados nos prédios: cumprimentavam-se os vizinhos, faziam-se amizades com os vizinhos, os vizinhos cuidavam dos teus filhos na tua ausência e vice-versa, podiam dispor de coisas na tua despensa caso precisassem e contavam tudo, tudinho do que os filhos andavam a fazer, KKK. Eu era super conhecida no bairro inteiro - a pesar de não viver nele nem nunca ter vivido. Porque eu era a "filha da..." ou a "neta da....". Percebes?

    Pessoas vinham ter comigo para me contarem histórias de mim mesma, quando era mais nova. E muitas vezes confundiam-me como se eu fosse a minha progenitora. Acho carinhoso essa forma de ser das pessoas, que, no fundo, querem transferir uma simpatia e carinho que têm pelos teus pais, também para ti. Sim, podem ser um tanto cuscas mas... entre isso e serem indiferentes e agressivas (como estamos a virar uns para os outros) - acho que me ficava pelo primeiro. Eu sou tímida e reservada - pelo que não sou muito de conviver com vizinhos. Cresci de forma diferente e atualmente ninguém conhece ou fala com os vizinhos. Não lhes pedimos nada, não os queremos na nossa casa, enfim... Muito mudou. Eu podia não os conhecer quando era mais nova, mas todos eles me conheciam!

    Uma vez - história engraçada - dei comida a uns meninos (sendo eu mesma pouco mais velha que eles) que estavam numa padaria a dizer-se com fome e a pedir esmola. A empregada estava a pedir-lhes para sair e eu fui atrás e dei-lhes comida. o que fiz logo chegou aos ouvidos dos meus avós, porque fui vista e reconhecida por um vizinho que estava na padaria KKKKKK. E nem era uma padaria perto do bairro ou da área de residência.

    Enfim, como vês, também existem coisas de aldeia nas cidades grandes :DD

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Realmente, não tinha noção disso, é interessante ver como um bairro numa grande cidade também pode funcionar como uma aldeia :).
      Vendo bem as coisas, há, de facto, um lado carinhoso em sermos reconhecidos e em toda a gente se conhecer. Porém, ainda assim acho que isso acontece num nível muito excessivo nas aldeias. Também não sou propriamente a favor da postura fria e distante das pessoas da cidade. Deveria existir um equilíbrio, idealmente. No entanto, eu prefiro o anonimato das cidades, poder ser o que quiser, sem ter que dar justificações a ninguém ( por enquanto ainda tenho que dar aos meus pais, um dia destes nem a eles).

      Anyway, gostei muito de ler as tuas histórias, é mesmo interessante ver coisas de aldeia a acontecerem em cidades grandes como Lisboa :).

      Eliminar
  5. É verdade que há uma certa intromissão que pode ser bastante desagradável, aliás, quando vivi em Budapeste durante uns meses o que adorava era poder sair à rua e saber que ninguém me conhecia nem julgava. Ainda assim, vivo numa aldeia e até gosto!:D

    Another Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  6. Nunca vivi e acho que não iria suportar ter a minha vida em contaste análise.

    ResponderEliminar
  7. nunca vivi numa aldeia mas vou todas as semanas à aldeia do meu pai e posso confirmar muitas das coisas que tu disseste. Além de toda a gente me conhecer de bebé (e eu não fazer ideia de quem eram) também me estão sempre a confundir com as minhas primas ahaha
    beijinhos

    http://umacolherdearroz.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ahahahahah, a mim também me estavam sempre a confundir com a minha prima.

      Eliminar
  8. Sei bem o que é morar numa aldeia e por um lado nem desgosto. Na minha aldeia as pessoas são muito unidas e existem imensas amizades que se continuam a manter :) Beijinhos*

    ResponderEliminar
  9. Embora tenha vivido durante muito pouco tempo numa aldeia, continuo a ir visitar a minha avó aos fim de semanas á mesma e é absolutamente verdade tudo o que disseste! Os meus amigos ficam sempre muito chocados (quando os levo comigo) porque cumprimento sempre as pessoas que nem conheço muito bem.

    Beijinhos´
    Maisie

    http://insidemydreams.blogs.sapo.pt/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A minha avó também mora numa aldeia, portanto ainda experiencio um pouco aquilo que referi no post.

      Eliminar